quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Lembranças

E lá vêm elas... Lembranças atordoantes, a muito esquecidas atrás de uma porta e que agora surge como a neblina em uma noite fria!

Lembro-me daqueles olhos cuja negritude assemelhasse a mais tenebrosa das noites, olhos com um olhar avassalador, capaz de cortar a mais integra das almas e reduzi-la ao pó;


Lembro-me daquele semblante, cujas feições pareciam-me querer a morte, na mais fútil tentativa de querer segurar-te a raiva;


Tua postura era tida como de guerreiro, teus costumes eram banhados no dever e no respeito;


Lembro-me, como fosse há alguns minutos atrás... Lembro-me de tudo e do mesmo o nada;


Lembro-me que viestes acompanhado, com a sombra que a muito te segue;


Teus olhos mais pareciam cascatas, cujas águas eram infinitas e teu semblante a muito avassalador, reduzido ao nada, a mais pura tristeza... 


Teus pés... Não te deixavam em pé, e com os meus braços ergui-te e te trouxe para o conforto do meu lar, teu desespero era intenso, teus soluços constantes, e o meu amor... Era eterno!

Nenhum comentário:

Postar um comentário