Prisão de dor, sepulcro
de carne e osso... Aqui jaz uma alma voluptuosa, cujo único pecado é teres
amado demais.
Lembro-me de como era
pura e perene! Cuja maldade era tão tênue, que nem parecia lá habitar.
Sua alegria contagiante, impregnava todos ao seu redor, com o mais puro amor! Mas isso há de mudar...
Pois em meio ao nada
surge uma sombra, silhueta maldosa imbuída dos mais devassos desejos canais, cujo
os chifres enrolados representava a própria luxuria e constelação.
Olho nos olhos, vi-me
lá, por um só instante, com um único olhar.
Olhos famintos,
sedentos... E eu? Apenas o lanche daquela silhueta maldosa, cuja liberdade acabará
de me tomar.
Pobre alma, deita-te de
manso e debruçasse em teu leito, permita-se viajar para outro mundo, onde a ferida
latente que te corrói o peito não possa doer.
Calma... Calma... Olhos
pesados, olhos cansados, aos poucos sucumbiam a voraz vontade de adormecer.
Dorme neste, acorda no outro.... Novo mundo...
Com possibilidades infinitas, onde possa saciar sua perpetua vontade de gozar
dos prazeres da vida, sem ser atormentada por laços de um amor impuro.
Engano-me!? E lá está! Quem
me dera fugir dos tormentos da silhueta maldosa... Segue-me por onde quer que
eu vá, impedi-me de amar, limita meu corpo, sufoca meu espirito, nem cá, nem
lá... Onde quer que eu vá, sempre está lá.
Renega-me Silhueta
maldosa, deixa meu espirito voar, liberta minha alma de tuas garras, dai-me a
palavra que jamais vai voltar... Minha sina é perene minha dor latente, mas minha
vontade de te amar!? Jamais irá voltar...
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