quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A silhueta

Prisão de dor, sepulcro de carne e osso... Aqui jaz uma alma voluptuosa, cujo único pecado é teres amado demais.

Lembro-me de como era pura e perene! Cuja maldade era tão tênue, que nem parecia lá habitar.

Sua alegria contagiante, impregnava todos ao seu redor, com o mais puro amor! Mas isso há de mudar...

Pois em meio ao nada surge uma sombra, silhueta maldosa imbuída dos mais devassos desejos canais, cujo os chifres enrolados representava a própria luxuria e constelação.

Olho nos olhos, vi-me lá, por um só instante, com um único olhar.

Olhos famintos, sedentos... E eu? Apenas o lanche daquela silhueta maldosa, cuja liberdade acabará de me tomar.

Pobre alma, deita-te de manso e debruçasse em teu leito, permita-se viajar para outro mundo, onde a ferida latente que te corrói o peito não possa doer.

Calma... Calma... Olhos pesados, olhos cansados, aos poucos sucumbiam a voraz vontade de adormecer.

 Dorme neste, acorda no outro.... Novo mundo... Com possibilidades infinitas, onde possa saciar sua perpetua vontade de gozar dos prazeres da vida, sem ser atormentada por laços de um amor impuro.

Engano-me!? E lá está! Quem me dera fugir dos tormentos da silhueta maldosa... Segue-me por onde quer que eu vá, impedi-me de amar, limita meu corpo, sufoca meu espirito, nem cá, nem lá... Onde quer que eu vá, sempre está lá.

Renega-me Silhueta maldosa, deixa meu espirito voar, liberta minha alma de tuas garras, dai-me a palavra que jamais vai voltar... Minha sina é perene minha dor latente, mas minha vontade de te amar!? Jamais irá voltar...

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