Ponho-me em frente ao espelho... E me vejo,
Cansado e amofinado de um presente tão conturbado, que chega
a ser até hilário! Sentimento impregnado, como se estivesse cercado por um
desamor com o próprio eu...
Sorriso estupefato, “pregado” de lado a lado entre os trapos
deste rosto, cujo todo terror era o meu! E a minha sombra eloquente, como se
realmente estivesse presente, me rondando e atormentando!
Postura remansada, alvejada pelo gélido toque da solidão, de
onde minha inspiração nascia e perecia em um trágico conto de amor, onde só
tinha um ator... E a solidão...
Olhos fadigados, nauseados por uma visão impar de uma
realidade jamais vivenciada, da qual derrama lagrimas salgadas, por uma idealização
imaginada!
Ansiedade contemplante com o
coração tão palpitante, diante de uma torpe imaginação de um garoto abobalhado,
martirizado por sentimentos desgastados...
Melhor não olhar! Deixe-me como estou e aos poucos definhando
neste mundo padronizado, com conceitos ultrapassados, onde só existe um caminho
trilhado!