Olho em meus olhos, válvula
de escape do ódio, reflexo da alma, portais do perdão... Orbitas
voluptuosas, que faz-se apaixonar! Olhos expressivos, que toda sua dor faz-se
transpassar!
Lá vejo, a escuridão
ascendente que me prende pelas correntes de um desamor com o próprio templo que
sou!
Sentimento impuro e perene, que faz a gente se sentir podridão, que faz-me olhar com a visão de um cego, que nada enxerga além de escuridão!
Eu sou o que sou, sou o
que vejo, sou o que sinto, sou o que me permito! Eu sou tudo aquilo que um dia
eis de negar...
Minha carne é lassa e
edemaciada pela visão limitada que tenho de mim! Olho e me olho, não vejo nada
além de estrume ao secar no sol, estrume que vira vida e vida
que nada vira, essa é a visão limitada de uma pobre alma que sofre de baixa
autoestima!
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