quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Esterco

Olho em meus olhos, válvula de escape do ódio, reflexo da alma, portais do perdão... Orbitas voluptuosas, que faz-se apaixonar! Olhos expressivos, que toda sua dor faz-se transpassar!

Lá vejo, a escuridão ascendente que me prende pelas correntes de um desamor com o próprio templo que sou!

Sentimento impuro e perene, que faz a gente se sentir podridão, que faz-me olhar com a visão de um cego, que nada enxerga além de escuridão!

Eu sou o que sou, sou o que vejo, sou o que sinto, sou o que me permito! Eu sou tudo aquilo que um dia eis de negar...


Minha carne é lassa e edemaciada pela visão limitada que tenho de mim! Olho e me olho, não vejo nada além de estrume ao secar no sol, estrume que vira vida e vida que nada vira, essa é a visão limitada de uma pobre alma que sofre de baixa autoestima!

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